sexta-feira, 19 de junho de 2009

A sublimação em 2 dias

O torcedor corinthiano chegou ao clímax da temporada 2009, ainda no mês de junho. Esta semana foi, certamente, uma das mais incríveis nos últimos anos, com todos os resultados acontecendo para que o favorecimento (em campo, que fique bem claro) ao Timão fosse ventilado, e os seus adversários fossem execridos das competições que disputavam.

Tudo começou na quarta-feira, as 19h30, quando Nacional e Palmeiras entraram em campo no estádio Centenário (como eu queria conhecê-lo!), em Montevidéu, para decidir a primeira vaga as semi-finais da L.A. 09'. Los Bolsos tinham a vantagem de jogar pelo placar inicial, já que haviam arrancado um empate sem-vergonha no Palestra Itália, em 1-1. Mesmo amassando o Tricolor uruguaio, o Palmeiras (Keirrisson, principalmente) abusou do direito de errar gols, e a condição para o avanço alviverde era meter a bola no barbante do Nacional. O que não aconteceu: os uruguaios controlaram muito bem a pressão, e mantiveram o 0-0 que lhes favorecia. Nacional nas semi-finais!

A festa 'na favela' (FIEL, Gaviões da; 2008) seguiu no horário pós-novela das 9, o famoso horário de cabaré. Pacaembu lotadíssimo, pressão da torcida alvinegra, que fez uma festa muito bonita, só não infernal, pois o inferno lembra vermelho, e quem veste vermelho, não sabe fazer festa. E o time do Brother Menezes ajudou, e muito, para que a festa não fosse avacalhada. Não deixando o Internacional jogar, de jeito nenhum, os de branco impuseram seu ritmo alucinante. Jorge Henrique, em grande jogada de Marcelo Oliveira (que, diga-se de passagem, substituiu muito bem o selecionável André Santos), e Ronaldo, em grande jogada de... Ronaldo, claro!, marcaram o 2-0 alvinegro. Felipe garantiu o bixo, e a vantagem, com defesas espetaculares em finalizações de Taison e Guiñazu (!). A volta, dia 1º de julho, é a partida para o júbilo do 'bando de louco'. O palco será o Gigante da Beira-Rio, clássico salão de festas do Tricolor, e que poderá ser 'alugado' para o Corinthians, por que não?

E a semana de sonho dos corinthianos começou a terminar ontem, pelas mãos do São Paulo, que tratou de ser decepado da Libertadores da forma mais argentina possível: abusando da violência, e levando um laço de bola. A torcida do SPFW até que ajudou, lotou o Morumbi, mas de nada adiantou. Os estrelados já levavam mais perigo ao gol de Dênis desde os primórdios da brincadeira, enquanto os paulistanos mal rondavam a área cruzeirense. Até que, em questão de 15 minutos, Eduardo Costa (o Claiton te mandou um abraço!) fez duas faltas típicas de Eduardo Costa: sem necessidade, porém, ríspidas e para cartão amarelo. E a 'regra é clara' (COELHO, Arnaldo César; desde sempre): cartão amarelo + cartão amarelo = cartão vermelho, e o volante são-paulino começava a azedar a noite dos desesperados adeptos. O São Paulo ainda precisava de um gol, somente um gol para conseguir a classificação. E a rede balançou... na goleira defendida por Dênis. Henrique mandou um bambu, lá de não-sei-onde, e acertou a gaveta. 0-1 Cruzeiro, 1-3 no agregado. E a falta de Fair Play continuou, com André Dias também fazendo-nos relembrar outra do livro das 17: mão na bola, com intenção de interceptar a jogada em lance com eminência de gol = cartão vermelho, e o beque no chuveiro mais cedo. Tiro na marca fatal, Kléber na bola... 0-2 Cruzeiro. E para quem acha que o Fair Play acabou por aí, está muito enganado. A torcida entrou na onda, vaiou o time no final, chamou de 'safado, cachorro e sem-vergonha' (LEITTE, Claudia; 2007), e, mais errado que tudo, pixou um muro no Cícero Pompeu de Toledo, com a seguinte inscrição: 'Fora, Muricy!'. Não precisa dizer mais nada, a não ser que é o Cruzeiro o próximo a encarar o Grêmio, nas semi-finais da L.A.

E, no final de semana pode haver fechamento com chave de ouro, com o clássico entre o Corinthians e o São Paulo. Vencendo, o Timão ingressa no grupo dos classificados à próxima Libertadores, e afunda um pouco mais o São Paulo na crise. Perdendo, a motivação para a final da Copa do Brasil não diminui, visto que não é de grande importância um clássico, neste momento, por mais que seja um clássico. Enfim, as coisas estão acontecendo de tal forma para o Corinthians, de um jeito que não acontecia há muito, mas muito tempo. Sem mais, além do desejo de boa sorte para o Corinthians, na 2ª final da Copa do Brasil, contra o Inter.

Jhon Willian, o Imortal Tricolor

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