Diário de Bordo Brasileirão 09’ – Quem parará o Colorado? [parte I]

No momento em que começo este texto, Inter e Avaí estão se degladiando no Gigante da Beira-Rio. O time vermelho está com seu time reserva, mas, de toda infelicidade para o Azurra, joga demais, e vence por 1-0, gol de Talles Cunha. São 19h03min, 30 minutos do primeiro tempo em um Parque Gigante gélido. O autor do gol, e Alecsandro criaram muitas, mas muitas chances. Neste momento, creio que o Avaí estaria saturado de buscar a bola no fundo do arco, se os atacantes colorados tivessem treinado tiro ao alvo com oficiais do Exército, ou equivalente em competição olímpica. A pergunta que fica, disto tudo, é a do título: quem parará o Colorado? 4 jogos, 4 vitórias. Esta é a 3ª com time misto/reserva, sendo que todas em sequência. A primeira foi contra o Corinthians, com time titular e gol mágico de Nilmar, em pleno Pacaembu. Depois, 1-0 contra o Palmeiras, 0-1 contra o Goiás, e o parcial 1-0 contra o Avaí. Todos os jogos com atuações de nível superior, nem sempre com dominação sobre os adversários, principalmente com Lauro trabalhando bem nas 4 partidas (acaba de fazer boa defesa, em chute de Evando), mas com eficácia jamais vista no time encarnado. O pastor Adenor Bacchi, vulgo Tite, arma algumas retrancas de orgulhar qualquer Celso, digo, Carlo Ancelotti da vida. Não adianta patavinas. O Internacional derruba sempre, não importa o inimigo, não importa a arena. Sempre há um Taison para entrar no segundo tempo e acabar com um Goiás insípido, ou um Nilmar para fintar até as mães dos defensores corintianos e fazer um gol digno de placa e homenagem de Pelé e Maradona. O narrador da Rádio Gaúcha acaba de dizer que, ‘se não houver nenhuma zebra, o Inter será campeão com uns 10 corpos de distância para seus oponentes’. Tem toda razão o sr. Pedro Ernesto Denardin, o Colorado é muito superior aos outros 19 pretendentes à taça nacional. O jogo está indo para o final do primeiro tempo, e o Avaí não pretende se esquentar no jogo, a sensação térmica na Beira do Rio Guaíba (nomes próprios não serão absorvidos pela reforma ortográfica, pelo menos neste blog) é de menos de 5°C. Inacreditável como cerca de 12 mil guerreiros se aguentam... Só dentro de uma ‘Brasília vermelha e com uma cachaça na mão’. De toda a sorte, o post completo sairá depois do final da partida, considerando que este blogueiro se engalfinhará em uma peleia de futebol sintético, logo mais às 20h. Na volta, o restante da rodada, inclusive os vexames de Grêmio (levou um gol no último segundo), Sport (depois de abrir 0-2 no Botafogo...), Coritiba (tomar 0-3 pro Goiás no 1º tempo é normal?) e Atlético-PR (perder de 2-1, sendo dos gols, 1 contra e o outro de Adriano, o Nero rubro-negro, não dá, em definitivo). E, para fechar a introdutória, terminou o primeiro tempo no Beira-Rio quase congelando: 1-0 pro Colorado, gol de Talles Cunha, em algum dos sagrados minutos destes 45 iniciais.

Bom, daqui continuo o relato sobre a rodada, acabando com a missa no Pólo Sul de Porto Alegre. Alecsandro ampliaria, sem dar chances ao calvo Martini, e Lima, com uma paradinha ridícula, diminuiria, de pênalti (muito sem-vergonha, por sinal). O Inter agora é líder, com 12 pontos, 3 de vantagem sobre o vice-líder Vitória, que...

... bateu o Grêmio no Manuel Barradas, com show do furacão Ivete Sangalo, e tudo que Salvador tinha direito, graças à indicação da capital baiana como sede da Copa do Mundo de 2014, uma das tragédias anunciadas para o futuro (espero continuar com o ‘É só fazer!’ até lá, para ser desmentido). Mas sobre o jogo. O Tricolor de Autuori foi covarde durante os 90 minutos, e pagou a conta aos 93, quando Leandro Domingues acertou um chute inacreditável, de muito longe, digno de aula aos atacantes colorados que só fizeram 2 no fraco Avaí. Victor, um dos selecionáveis atuantes no Brasil, não teve nenhuma chance. No mais, o jogo de hoje marcou a volta do 3-6-1, em forma de um 3-6-0, no final da partida, com Jonas, que entrara no lugar de Alex Mineiro, no intervalo, sendo expulso, e com Maxi López saindo para a entrada de Douglas Costa. Sim, aquele guri de m****.

Na 3ª posição, vem o Santos, que venceu o Corinthians B por 3-1, no Urbano Caldeira. Paulo Henrique Lima, 2 vezes, e Madson fizeram para o Alvinegro Praiano, e Renato diminuiu para o time de Mano Menezes. Um jogo com muitas alternativas, mas com domínio absoluto do time de Vágner Mancini (o da direita). Foi um dos poucos jogos da rodada que pude acompanhar na sua totalidade, e gostei do que vi. Léo, na lateral-esquerda e Roberto Brum tiveram boas atuações, assim como os autores dos gols. Madson, por sinal, é um dos jogadores mais regulares deste campeonato. Ainda dará muito trabalho, esse baixinho infernal. O Timão é outro concentrado nas semi-finais da Copa do Brasil, onde enfrentará o Vasco da Gama, na quarta-feira.

Logo abaixo do Santos, vem o Náutico, que foi imortal nesta tarde/noite. Fazendo um jogo equilibrado contra o Fluminense, nos Aflitos, o Timbú via a imagem da derrota, com um gol de Fred, logo aos 9 minutos de jogo, até o apagar dos refletores de seu famoso campo. Quando, que por milagre, o atacante Maicon quis inventar de dar um drible dentro de sua própria área, se complicou diante de Anderson Lessa, e fez pênalti no atacante alvirubro. Isto eram 48 do 2º tempo. Ricardo Berna até tentou intimidar, já havia pegado muito nos outros 90 e tantos minutos, mas Gilmar não foi na dele, usou a paradinha, e empatou o jogo, para alegria de seu torcedor que gosta de um pênalti na goleira à direita das cabines de imprensa.

A segunda parte desta missa vem amanhã, acompanhado de mais alguns links... Era Wilson!

Jhon Willian, o Imortal Tricolor